terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Cão também fica estressado; como perceber e curar


Pois é, tudo tem seu lado bom e não tão bom. O século 20, chamado por Noel Rosa de “Século do Progresso”, ficou famoso também como “Era da Ansiedade”, e o século 21 ainda não se revelou muito mais tranquilo, com tanta inquietude e aflição: assaltos, tsunamis, conta que venceu, namorado que sempre se atrasa, enfim, a “Superstafa” cantada por Rita Lee.

E a tensão nervosa do ser humano atinge seus companheiros não humanos, como cães, gatos e até o “assum preto que canta de dor”. Citei tanta música para tentar acalmar o ambiente, já que vamos falar da tensão nervosa do cão, justamente o bicho mais próximo ao ser humano e seu melhor amigo até no estresse.


Sintomas de estresse

Tal como as pessoas, alguns cães são mais tranquilos e fleumáticos, outros são mais inquietos e “elétricos”. Agora, o canino pode estar passando por tensão nervosa que o deixe mais nervoso que o normal. E, obviamente, ele vai te dizer “hoje eu não tô bom!” à moda dele, ou seja, por gestos e latidos diferentes do habitual, embora alguns sintomas sejam bem semelhantes à tensão nervosa humana.

Tais sintomas podem incluir corpo muito largado ou tenso, alongamentos e bocejos mais frequentes que o normal, abano de cauda e movimentação diferentes do usual. O cão pode estar com os olhos muito arregalados ou injetados de sangue ou evitar olhar outros cães ou pessoas no rosto; salivar ou arfar mais que o normal; coçar, lamber ou morder a si mesmo demais; perder o apetite ou comer demais; procurar e rodear o dono com mais frequência; ou simplesmente mostrar atividade muito acima ou abaixo da normal. Não esquecendo latidos, ganidos e uivos sem motivo aparente.

Tal como ocorre com as pessoas, há cães introvertidos, que se retraem e preferem amargar as mágoas num canto, e extrovertidos, que se expõem e exorcizam o que sofrem para quem quiser ver. Também obviamente, como bem lembrou Hipócrates, “os sintomas não são a doença”, e nem sempre estes sintomas podem caracterizar tensão nervosa canina, e sim doenças físicas do peludo. Na dúvida, se os sintomas persistirem, corra com ele ao veterinário.

O que deixa um cão estressado

Além de doenças, outros fatores podem tornar o cão inquieto, como mudanças de hábitos ou residência, e nestes casos o estresse deverá ser temporário, passando uma vez que o peludo esteja habituado à nova casa, vizinhança, novos companheiros de casa (crianças, outros bichos, novo marido da mãe e quetais).

E não se esqueça de que o peludo só costuma ser submisso até a página “au”; quando lhe damos ordens para ficar quieto ou não invadir determinado local, antes de aprender a obedecer ele irá reagir e medir forças, latindo e enfrentando o dono; os sintomas de estresse acima poderão advir da frustração por estar “levando a pior” no “duelo”.

...e como desestressar

Para resolver o estresse do canino, em certos casos poderá necessário resolver o estresse do dono. Do mesmo modo que muita gente acha que só por não fumar está imune a todas as doenças e perigos (não que eu seja exatamente adepto do tabagismo), muitas outras pessoas se esquecem de que problema é como traseiro, todo mundo tem e a gente só vê nos outros. O que não falta é gente tensa que não percebe nem admite isso, vocês sabem, o tipo da pessoa que vai dizendo “O quê? Eu estressado? Pô, qual é?” e nem percebe que se torna uma verdadeira antena transmissora de tensão nervosa, inclusive sobre o cão, cuja sensibilidade capta muito bem esse tipo de coisa.

O cão pode ser menos inteligente que nós, mas bobo ele não é. E, ao sentir que o ambiente está carregado, o peludo poderá se estressar ele mesmo ou tentar acalmar o dono. Portanto, acalme-se e o canino se acalmará. Mude de hábitos, e acalme o ambiente, variando com música mais tranquila que AC/DC, e logo o peludo virá agradecer.

Outras soluções para a tensão emocional do canino incluem não só acalmá-lo e dar-lhe carinho, mas também proporcionar-lhe atividade física e mental, bem como disciplina pela socialização. Afinal, exercícios físicos ativam a serotonina, que serve de calmante natural para o peludo.

Também não se esqueça de dar comandos objetivos e categóricos; nada mais estressante que ser dirigido por alguém que “não sabe o que quer”. Afinal, Pitbulls e Rottweillers ganharam a fama injusta de perigosos devido a donos realmente perigosos, que não souberam ou quiseram socializá-los. Enfim, com a socialização e atenção devidas, um peludo estressado poderá até se tornar praticamente um peludo “zen”.

Fonte: Ayrton Mugnaini Jr. especial para o Yahoo!

OBESIDADE EM CÃES E GATOS

Obesidade em cães e gatos: quais os riscos?


As gordurinhas que aparecem nos animais de estimação muitas vezes não significam que eles estejam fortes e saudáveis, mas sim podem revelar excesso de peso e ser considerado animais obesos.Assim como acontece conosco, a obesidade em animais também é considerada uma doença, pois causa diversos problemas à saúde dos pets como hipertensão arterial, diabetes, dificuldades locomotoras, disfunções cardíacas e respiratórias, entre outros.O excesso de peso se não controlado poderá levar o animal a óbito, e cabe aos proprietários a responsabilidade de manter o seu companheiro pet em forma, e para isso valem algumas dicas:
* Brinque e caminhe diariamente com o seu cão pelo menos por trinta minutos, independentemente da raça ou porte.
* Quanto aos gatos estimule-os também a queimar as gordurinhas brincando com os arranhadores e brinquedos.
* Ofereça uma ração de boa qualidade e na quantidade recomendada pelo médico veterinário. Petiscos (biscoitos) são permitidos porém nunca em excesso e não devem ser fornecidos para substituir a ração.
Se optar por refeições caseiras procure informar-se com o médico veterinário sobre quais alimentos deve usar para fazer a refeição e a quantidade adequada.
Lembre-se: não acostume seu animal a ficar ao redor da mesa enquanto a família faz suas refeições, assim ele não se sentirá estimulado com o cheiro diferente dos alimentos, e não terá a oportunidade de pegar a sobra que por descuido pode cair dos pratos, aquele pedacinho de carne, pizza ou bolo podem causar sérios danos aos animais de estimação.
E não se esqueça, procure o profissional médico veterinário e discuta com ele tudo o que pode e deve ser feito para que o seu animal mantenha-se forte e saudável, porém sem excesso de peso.

Escrito por Dra. Eliane de Carvalho Silva